Chuvas abaixo da média prejudicam lavouras de verão na região

Lavouras de milho terão mais dificuldades de recuperação após normalização das chuvas
O final da estação da primavera está sendo marcado pelas altas temperaturas e pouca chuva. Entre o mês de novembro até o dia 20 de dezembro choveu, no município de Ivaiporã, segundo dados coletados pela unidade local da Coamo, 35 milímetros de chuva, sendo 19 no mês de novembro e 16 no mês de dezembro. Para comparação, no mesmo período do ano passado, foram 217 milímetros, sendo 103 em novembro e 114 até o dia 20 de dezembro.
Segundo o engenheiro agrônomo da Coamo de Ivaiporã, Thiago de Oliveira Gaviolli, esse período de chuvas reduzidas está afetando bastante as lavouras e já é possível notar uma redução no porte das plantas, o que deve acarretar na redução no potencial produtivo.
Ele explica que a soja ainda tem uma possibilidade de recuperação, caso as chuvas voltem a se normalizar nos próximos dias, porque houve um atraso no plantio e, por isso, ela é uma planta que está menos afetada pela falta de chuvas. “Caso volte a chover, essa é uma cultura que tem grandes chances de normalizar e se recuperar”, frisa.
Já as lavouras de milho, que apesar de serem poucas na região, estão entre as mais afetadas, principalmente porque mesmo que as chuvas voltem a se normalizar, pelo estágio da planta, será mais difícil a recuperação do potencial produtivo. “Ainda é difícil fazer uma avaliação, pois está muito cedo e também dependerá da normalização das chuvas, mas já é possível afirmar que haverá perdas nas lavouras de soja e milho”, frisa.
Existe uma previsão de chuva para o dia 22 de dezembro, que apesar de ser um volume pequeno, pode contribuir para amenizar este quadro de estiagem. “Nesse momento, não há muito o que o produtor pode fazer, a não ser o monitoramento de pragas e doenças, que podem ser fatores ainda mais complicadores para a cultura”, salienta.
Thiago Gaviolli ressalta que algumas técnicas podem ser feitas durante o preparo da cultura para suportar problemas de estiagem como esse, como o manejo adequado do solo com a correção da fertilidade e manejo físico para evitar a compactação da terra e, com isso, facilitar o aprofundamento do sistema radicular, que pode ir mais fundo para buscar umidade necessária, reduzindo os danos nesses períodos de estiagem.